Essa semana noticiou-se que é bastante provável que Rubinho Barrichello não corra mais na Fórmula 1. Pelo menos não na temporada de 2012. O piloto deixa o circo consagrado apenas como o corredor que mais tempo permaneceu nos campeonatos que rodavam o mundo e encanta hoje em dia mais pelo circo e pelo glamour, do que pelas suas previsíveis corridas. Muitos acham que o brasileiro demorou pra sair, outros acham que a culpa disso tudo é a Globo, que tentou fazê-lo um herói depois da morte de Senna, apenas para que continuasse tendo sua audiência garantida nas manhãs de domingo.
Não acho que o problema do Rubinho seja a Globo. O brasileiro tem a mania de culpar a Globo por tudo. Aliás o brasileiro não gosta de nada que dá certo nesse país. Parece que temos que ser sempre aquele país de terceiro mundo para que o povo continue contente e pare de falar mal de alguma coisa boa e fique apenas reclamando que somos um país de terceiro mundo, sem tomar uma atitude pra mudar essa situação.
Não acho que o problema do Rubinho seja a Globo. O brasileiro tem a mania de culpar a Globo por tudo. Aliás o brasileiro não gosta de nada que dá certo nesse país. Parece que temos que ser sempre aquele país de terceiro mundo para que o povo continue contente e pare de falar mal de alguma coisa boa e fique apenas reclamando que somos um país de terceiro mundo, sem tomar uma atitude pra mudar essa situação.
Na minha opinião, quem tem a cabeça no
lugar não se deixa envolver pelo glamour que a Globo envolve seus personagens.
Ayrton Senna não se deixou manipular, e hoje em dia vemos Anderson Silva, que a emissora (e principalmente o Galvão Bueno, que muito se autopromoveu às custas de sua "amizade" com Senna) tenta transformar num novo ídolo nacional, e com o Ronaldo Fenômeno,
idem. Nenhum deles deixou-se levar pelos holofotes e levaram suas vidas (mesmo
fazendo algumas cagadas, como o "Fenômeno" e os travestis, rsrsrsrs),
sendo sempre verdeiros, sem criar fatos para só pra saírem na mídia. Quando a
pessoa é simples e tem a cabeça no lugar não se deixa levar por essas coisas.
Xuxa foi um exemplo disso, pois soube arrebentar essas amarras do lado
negro do marketing criado a seu redor ao romper com Marlene Mattos, que a via
apenas como um produto a ser vendido. Hoje vive a sua vida sem alardes, mas do
jeito que quer, e não da forma como querem, como um produto a ser vendido. E isso não acontece só na Globo, mas com toda a imprensa, que manipula as celebridades como brinquedos na vitrine, prontos a serem vendidos a seus patrocinadores. Outro que jamais tentou se deixar levar por essa farsa foi Silvio Santos, que embora seja até hoje criticado pelos hipócritas de plantão por jogar dinheiro à platéia, se mantém aos 82 anos firme e forte há décadas com seu programa dominical em horários de grande competição por audiência, sendo simplesmente o Silvio Santos.
E é assim que toda a imprensa, não só de TV, mas também escrita e até de internet age. E é assim que a Globo age também com os esportes. Como um produto a ser vendido a seus patrocinadores. E
para que isso se realize é necessário audiência, ou seja telespectadores. quanto mais telespectadores assistirem a determinado programa, mais valorizado é o espaço dedicado aos patrocinadores. E todo
esse povo que fala mal da Globo, com certeza ou acrescentou pontos ao IBOPE da
emissora, ou apenas faz um coro ao melhor estilo
"maria-vai-com-as-outras" apenas porque tem que falar mal de alguma
coisa, por que é legal e dá destaque falar mal.
A Globo, gostem ou não,
é extremamente competente no que faz, e não é porque como dizem, que ela "manipula as informações", ou porque "quer construir um universo de alienados",
ou "impor a convivência com homossexuais" em suas novelas. Argumentos como esse
em plena era do controle remoto é subestimar a inteligência até do mais desinformado brasileiro. Se o programa de TV é chato, enfadonho ou simplesmente não interessa, um simples toque no botão resolve o problema. E hoje em dia, até os celulares "made in china" com quatro chips e TV digital, que custam R$ 99,90 na Vinte e Cinco de Março ou no Saara possibilitam qualquer uma mudar de canal e assistir um programa de melhor qualidade em dúzias de outros canais. Se a Globo
influencia tanto como dizem, mesmo os menos instruídos, é porque tem a
competência de fazer um produto que prenda a atenção e agrade de "A"
a "Z", mesmo que seja um produto como o BBB por exemplo, em que todos falam
mal na internet, mas depois provavelmente correm para o pay-per-view para ver
próximas cenas de sacanagem (como se nessa edição fosse a primeira vez que isso
tivesse acontecido) que irão acontecer. E daqui a alguns meses, essas mesmas
pessoas vão mudar de canal, e vão assistir o mesmo circo, só que dessa vez com
as pseudocelebridades da "Fazenda". E a Record cinicamente fica fazendo
um monte reportagens falando mal do programa, como se seus produtos fossem algo
de primeira qualidade e inovadores.
Espero que Rubinho tenha aprendido sua lição na F1. E tomara que continue correndo, afinal caráter e talento ele tem de sobra. Mas talvez em outras competições em que não haja tanta pressão e cobrança por audiência (pelo menos no Brasil), ou em um outro lugar menos manipulável ele se sinta confortável para fazer o que mais gosta na vida ele consiga colecionar mais troféus e vitórias e ser o herói que os brasileiros tanto querem.
Boa Sorte Barrichello!!