segunda-feira, 5 de maio de 2008

Ingresso.com


Com a exigência cada vez maior do consumidor e as inovações tecnológicas, é crescente o número de estabelecimentos que oferecem aos seus clientes a compra de ingressos via internet, principalmente nos grandes centros. Com a intenção de fidelizar o consumidor através da comodidade de escolher inclusive o seu assento de casa, a compra on-line diminui o risco de inadimplência para o comerciante já que as compras são feitas com cartão de crédito ou débito.

Este privilégio não é só das casas de espetáculos. Hoje alguns cinemas já adotam a internet com um dos pontos de venda para seus filmes, além de terminais automáticos na porta de seus estabelecimentos, aonde o cliente pode comprar com o seu cartão o ingresso a qualquer hora, escolher o horário e a data mesmo quando a bilheteria encontra-se fechada. Tudo através de um sistema “self-service”, fácil de usar.

Esta silenciosa revolução promete evoluir e chegar até aos celulares dos consumidores, transformando os telefones móveis em grandes terminais de consumo moderno. Bom para quem oferece o serviço, excelente pra quem procura conforto. Quem sair na frente e se atualizar, com certeza ganhará clientes com a mesma velocidade da banda larga.

Porém, esta nova ação não pode causar o desemprego das pessoas que trabalham nas bilheterias destes estabelecimentos. É necessário que seus empregadores qualifiquem seus funcionários para exercerem outras funções. Uma sugestão é treinar estes funcionários para recepcionar o público na entrada do estabelecimento e encaminhá-lo ao seu assento, o que significa um diferencial de qualidade para atender ao cliente, que satisfeito dará preferência ao estabelecimento sempre que pensar em sair para se divertir.

Também é necessário um sistema de compras que seja seguro e não seja fraudado por piratas cibernéticos, os famosos hackers. Para isso é necessária a contratação de uma empresa especializada em segurança na internet, o que pode aumentar o custo da implementação do sistema de vendas on-line, mas este problema já está sendo resolvido pelas próprias operadoras de cartão de crédito, que vêm arcando com estes custos, uma vez que elas são grandes interessadas na ampliação deste sistema e vem aperfeiçoando cada vez mais a segurança em seus sites.

É uma corrente produtiva em que todos ganham, mas o maior beneficiado com toda esta tecnologia com certeza é o consumidor. Cabe agora aos estabelecimentos, correrem atrás do prejuízo e ingressarem na tecnologia das vendas on-line o mais rápido possível, correndo o risco ao chegar atrasado, de amargar prejuízos e perder clientes, que a cada dia estão mais exigentes.


TV Informa ou Deforma?

A correria do cotidiano, a dupla jornada feminina acaba entregando seus filhos à babá eletrônica, a Televisão. Uma vasta programação infantil, com canais exclusivos dedicados à molecada, facilitam o serviço de entreter a criança no mundo moderno onde há muito o que fazer e pouco tempo pra cuidar do que é importante.

Porém, a eficácia dos programas de tv é discutível. Misto de condicionante para o consumo exagerado e mau exemplo devido ao excesso de violência, são poucos os programas que de fato educam. Programas educativos não dão audiência e por conseqüência não atraem patrocinadores, diz a Tv aberta. Já a Tv a cabo dispõe de canais exclusivos com programas infantis educativos, muito pouco sintonizados por suas mães e babás, e pelas próprias crianças, quando já adquirem opinião sobre o que desejam assistir.


É difícil competir com o excesso de propaganda que inunda a mente de uma criança numa programação normal. Durante o intervalo são ofertados brinquedos e games que insuflam a criança a pedir a seus pais que comprem os produtos relacionados a seus heróis favoritos. Isso se dá porque hoje temos uma carência de heróis infantis, não na TV, mas na realidade, já que as crianças pouco vêem seus pais e são entregues nas mãos de professores e babás muitas vezes despreparados. Sem contar com a dura realidade em que vivemos, em que os heróis reverenciados pelas crianças são ladrões e os bandidos são da polícia.

Violência em desenhos animados sempre existiu, mas perdeu a inocência dos tempos em que os desenhos não eram animações de computador. Alguns “especialistas” que alegam que um desenho como Pernalonga contém cenas de preconceito e violência, e se esquecem que a trilha sonora deste desenho é de Johann Sebastian Bach. Algumas árias e obras literárias da cultura americana foram satirizadas por desenhos animados das décadas de 30, 40 e 50. O “Américan Way Of Life” foi amplamente satirizado nos anos 60 e 70. Infelizmente, os desenhos de hoje cumprem uma função apenas de manter a criança calada e fazê-la comprar ao invés de pensar.

É possível fazer a criança se entreter e pensar e ainda comprar? Claro! Exemplos de programas como Vila Sésamo (até hoje exibido nos EUA), Castelo Rá-Ti-Bum dentre outros programas brasileiros, fazem com que a criança entre num mundo de imaginação e aprenda sem sentir, mas infelizmente não são valorizados pela audiência, somente pela crítica.

A culpa não é só das emissoras. Elas cumprem o seu papel, pois são exibidoras e não educadoras. E a criança também não pode ficar alheia à violência, pois o mundo real não é nem um pouco parecido com o arco-íris pintado no desenho dos Ursinhos Carinhosos. Os pais tem importante e principal participação e culpa nesta situação, pois eles não podem utilizar a televisão como uma válvula de escape aos seus problemas e uma solução para a falta de tempo. O tempo perdido educando seu filho, limitando seus horários para assistir TV, mostrando que existem outras soluções de entretenimento (como um bom livro adequado à idade da criança) e até conversando com ele sobre o assunto de um desenho animado, mesmo que o tema seja sobre luta de ninjas alienígenas, será um tempo economizado à frente, quando poderá ser tarde demais a descoberta de seu filho que a Tv não só não o educou, mas também o induziu a uma falsa realidade ou a uma frustração quando ele perceber que o mundo real não é como nos comerciais de sucrilhos.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Entre o Real e O Virtual

Segundo o site da Wikipedia (www.wikipedia.org.br), O Brasil é campeão de usuários no site rde relacionamentos do Orkut , com 55,82% de participação.

Este fenômeno tem ajudado muitos amigos a se reencontrarem e facilitado a comunicação entre pessoas e parentes distantes. Além deste, sites de relacionamentos são utilizados por quem tem vontade de encontrar um grande amor ou apenas para um encontro sem conseqüências, o que abre portas para os oportunistas de plantão. Não são poucos os homens e mulheres que caem no conto do “boa noite cinderela” por conta de encontros marcados através de sites, o que demonstra o quanto a sociedade de hoje encontra-se cada vez mais isolada em seus lares atrás de uma tela fantasiando o seu grande amor e criando personagens que na maioria das vezes refletem o que não conseguem ser na vida real. As estatísticas mostram que cerca de 1% dos relacionamentos virtuais se tornam sérios.

Isso porque muitos usuários fazem da internet um divã e criam comunidades e perfis para demonstrar o seu lado mais perverso, certos de que no conforto do seu lar todas as suas atitudes serão impunes. É um grande poder colocado nas mãos de pessoas despreparadas psicologicamente, que confundem a liberdade que o mundo virtual oferece, com libertinagem e impunidade.

Mas há também os que preferem utilizar-se delas para demonstrar indignação, desabafar e dividir com outras pessoas suas preferências, hobbies, descontentamentos e alegrias em fóruns de discussão, comunidades do orkut, ou em seus blogs, o que mostra que esta democracia virtual tem a sua própria “seleção natural”, o próprio internauta, que denuncia sites ilegais às autoridades e usa o meio para o bem.

São pessoas que vêem na internet uma forma de tornar o mundo real mais justo, criando fóruns de discussão saudáveis, e solucionando problemas nas comunidades do mundo real.
Muitos colocam em pauta inclusive temas de âmbito nacional. Quem tem tiver atitude, pode denunciar, rebater acusações, mostrar soluções e fundar comunidades que façam com que seus participantes pensem e tomem atitudes positivas para suas vidas. Para se ter uma idéia deste poder, um usuário da capital pode saber, por exemplo, quais são as vantagens e desvantagens que ele terá ao se mudar para uma cidade do interior. Da sua casa ele pode consultar opiniões dos próprios moradores e fazer uma avaliação melhor do local. É a virtualização do famoso “boca-a-boca”.

O poder está nas pontas dos dedos. O caminho, na consciência de cada um. É um novo conceito de livre arbítrio. Aos adultos, desfrutem desta democracia e orientem seus filhos para as escolhas que há neste mundo com inúmeras possibilidades, que só tendem a se expandir para o lado que você desejar.