quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Abandono

O abandono da cidade de Teresópolis envolve um jogo político aonde a população torna-se refém de um grupo que domina a política local há mais de uma década.

Disfarçada de oposição, parece até proposital uma oportuna a aparição de ex-prefeitos e futuros candidatos em locais públicos, programas de rádio, tv e colunas de jornais. Tanto quanto o abandono da cidade diante de eventos climáticos que a arrasaram e o sumiço das autoridades locais para assuntos simples, como a limpeza pública. Sem contar alguns eventos isolados, como um incêndio no único hemonúcleo da cidade ou constantes roubos de cabos elétricos nas ruas. A impressão que há é que após a FEPRO, o Governo parou de funcionar.

Não é preciso dizer que falta no município uma oposição real e concreta. A vigente não é atuante, e camuflada com discórdias que afetam somente aos mais ingênuos ou aos desinformados. Assim, o grupo que domina a cidade há mais de uma década insiste em fazer uma falsa oposição. Até quando?

Quando a população irá acordar e entender que estamos sendo loteados a cada eleição? Quando irão entender que não existe um salvador da pátria? Quando irão entender que a solução é simples? Basta um administrador honesto. Muitas perguntas ficarão sem respostas enquanto a população não mudar de atitude. Trocam-se as cartas, mas o jogo sujo é o mesmo.

Há uma solução para esta situação, aparentemente sem saída. É uma saída utópica por enquanto, mas que se trabalhada com afinco e diariamente, pode ser desenvolvida e concluída com a gentil retirada à francesa destes senhores que sequer deveriam ter entrado em nossa cidade.

É preciso que as pessoas se interessem mais pela sua comunidade do que pela sua casa. Se cada morador de qualquer classe social, observar a sua rua, o seu transporte público, o rio que corta sua cidade cada vez mais poluído por falta de saneamento básico e tratamento de esgotos, o calor mais intenso a cada ano devido à troca da mata atlântica por favelas ou condomínios de luxo, ambos erguidos com a vista grossa dos governos dos últimos anos, os engarrafamentos cada vez maiores, o aumento da mendicância, a falta de empregos, de grande empresas e indústrias, escolas profissionalizantes, hospitais eficientes, a falta de atitude ou ações equivocadas disfarçadas de populismo imediato como distribuição de títulos de posse ao invés de escrituras lavradas em cartório, ruas asfaltadas, ESGOTO, SANEAMENTO e URBANIZAÇÃO, Se a maioria da população mudar o seu conceito de como se deve governar uma cidade ou legislá-la, talvez a grande maioria dos pseudos pré-candidatos a prefeito e a vereadores não sejam eleitos.

Crescimento planejado e organizado. Fim das ações que beneficiam apenas o gosto pessoal do ocupante da cadeira de prefeito, ora por que um decide pelo fim do carnaval e outro decide reativá-lo, ora porque um decide que o fut-sal é mais importante do que o fim da construção de um ginásio em uma escola ou um posto de saúde no interior, e outro acha que o asfalto e distribuição de lotes no barro ou à beira da estrada (inclusive próximo a sua própria empresa) bastam para a cidade (ou o seu eleitorado) crescer. E a população fica neste joguinho de interesses ao sabor do vento, esperando a próxima jogada, para eleger o próximo “colega”.

É preciso tomar a mesma atitude de 12 anos atrás e que abriu a porta para estas pessoas. É preciso fechar a porta para eles e jogar a chave fora para ter a certeza que eles não retornarão.

Acordem Cidadãos!